A cidade inglesa de Manchester, que já havia dado à luz um fenômeno como o Joy Division, tornou-se um marco na geografia do rock com o nacimento dos Smiths.
Unindo um compositor e instrumentista brilhante (Johnny Marr) a um poeta de gênio (Stephen Patrick Morrissey) , essa banda levou em frente a tradição iniciada por Bob Dylan e desenvolvida por artistas como: Jim Morrison, Lou Reed e Ian Curtis, capazes de elevar pueris letras musicais ao patamar de verdadeiros poemas.
Depois de chamar a atenção da crítica com um single (Hand In Glove) e estrear com o álbum homônimo, os Smiths alcançaram o apogeu cantando com delicadeza emocionante a solidão, a angústia e a depressão de toda uma geração.
Foram quatro anos de vida, nos quais surgiram obras-primas como The Queen Is Dead que posto para vocês e que particularmente traz um momento mágico em minha vida. Destaco em especial I Know Its Over para ouvir com meia luz (só abajur) , um belo drink e viajar por lugares que só nossa mente consegue imaginar. Outra que destaco e é pura emoção é a faixa sete do disco The Boy With The Thorn In His Side. Os Smiths tiveram um vida curta mas deixaram uma obra marcante com quatro álbuns de inéditas, um disco ao vivo chamado Rank lançado em 1988 gravado em Londres dois anos antes e uma série de canções espalhadas por várias coletâneas.
Com a dissolução do grupo em 1987, a música pop nunca mais seria a mesma.
O vocalista Morrissey ainda partiu em carreira solo, conseguindo uma boa receptividade por parte dos críticos e dos antigos fãs do The Smiths.